sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Um conto de Terror...



´´Era tarde demais para que alguem andasse àquela hora da noite por caminhos desconhecidos``
-Boa noite querido.
-Boa, até amanhã mon amour.
Assim me despeço de minha querida amada deixando-a em seus aposentos, e parto para o destino certo, meu lar.
A noite,sempre igual, hoje tinha sua beleza brilhante, a lua iluminava o caminho e meus pensamentos distantes, ajudando-me a rechonhecer aqueles que passavam por mim na rau, um misto de estranhos e vizinhos sorridentes, mas, como nesse caso, a pressa é amiga da perfeição, achei melhor me aventurar por lugares ainda não desbravados na minha estrada, idéia da qual me arrependeria tempos depois.
Deixando o caminho de costume, cortei a estrada na rau dos Sétimos, e me encaminhei pela famosa ´´rua dos trovões``, rua escura e inóspita de ventos frios, e, com o espírito dos cavaleiros medievais, me encorajei de amor pra enfrentar algum problema inesperado que por ventura pudeçe surgir.
Deveria ter imaginado que era demasiado tarde para que alguém andasse àquela hora da noite sozinho e por caminhos desconhecidos, mas, a crença na bondade humana surgia como esperança fugidia, quiçá a sorte estivesse ao meu alcançe e por Deus nada de mal me ocorreçe, porém, a falta de luz consciente e o vago plenilúnio,entrecoberto pelas extensas núvens, não me faziam enganar pois tudo que via era, verdadeiramente, medo e sombras, que me deixavam inquieto de pavor.
Próximo do final da estrada, para sair do pavor, tive de enfrentar o momento mais crítico, seguia calmamente meu percurso quando no canto mais escuro avistei algo, uma sombra,essa parecia ignorar minha presença, pois não moveu um único centímetro, como se estivesse aguardando o momento exato para me atacar, mas continuei meu caminho, só que com os passos mais vagarosos aguardando o momento final, senti aquela velha tontura de medo mas resisti até quando pude.
Num momento de descuido meu a sombra se moveu rapidamente para me observar, e, à luz de um poste consegui identificar a fera, era um burro, um quadrúpede, um asno, que, parado alí para fazer sua refeição abandonou tudo num momento de pavor, sem ligar para nada à sua frente nem ao menos para o meu medo,nesse instante maior do que a fera,e,num jesto de desespero desparou a galope consumido pelo terror.
Fiquei sem ação, a fala não saia e as pernas tremiam, mas de qualquer forma tinha que chegar em casa, e, na certeza da vida que batia em meu peito, criei forças para alcançar meu destino.
Imagine só. Eu, comedo do escuro......

3 comentários:

Daiane Cristina disse...

Eu também tenho muito medo do escuro...

Te adoro moço!!

Unknown disse...

hum, com medo do burrinho... legal, gostei... beeeeeeeeeeijos..

Susyanne Alves disse...

eu ñ durmo de luz acesa..mas como diria Renato Russo ñ tenho medo do escuro..na verdade o medo é do desconhecido..
bjs